Vendedora morre à espera de UTI em Goiânia, denuncia família

  • 23/11/2024
(Foto: Reprodução)
Katiane de Araújo buscou atendimento na rede pública de saúde por três vezes. Dengue hemorrágica foi a causa da morte comunicada à família. A vendedora autônoma Katiane de Araújo Silva, em Goiás Arquivo pessoal/Marina Araújo Uma mulher de 36 anos morreu à espera de uma vaga em UTI em Goiânia, de acordo com a família. A vendedora autônoma Katiane de Araújo Silva morreu no Cais Cândida de Morais, durante a madrugada de sexta-feira (22). ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp De acordo com a sobrinha de Katiane, Marina Araújo, a mulher começou a passar mal no dia 15 de novembro e morreu na noite de quinta-feira (21). Na terça (19), a autônoma foi ao Cais Cândida de Morais, onde ficou internada e de onde já solicitaram uma vaga de UTI, de acordo com Marina. Na unidade de saúde, a vendedora chegou a fazer um exame de sangue que apontou uma queda nas plaquetas. “Falaram que ela tinha uma infecção hemorrágica não especificada. Eles não sabiam de onde”, contou a sobrinha. Em nota (texto completo abaixo), a Secretaria Municipal de Saúde informou que Katiane morreu de dengue hemorrágica, e que não houve falta de assistência. “Na sala vermelha, onde a paciente foi mantida, ela recebeu todos os recursos que necessitava e que teria em uma UTI”, disse o texto, onde a secretaria também se solidarizou com os familiares. A Secretaria Estadual de Saúde informou em nota (texto completo abaixo) que a vaga foi solicitada para a regulação estadual no dia 20 (quarta-feira), à meia-noite. “Imediatamente, a pasta iniciou a busca nas unidades próprias e contratualizadas, que foi liberada no dia 22/11, às 8h16, para a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis”, descreve o texto, que reconhece que foi comunicada da morte de Katiane assim que a vaga foi liberada. Katiane de Araújo Silva internada à espera da vaga de UTI, em Goiás LEIA TAMBÉM: DENÚNCIA: Homem com câncer no pulmão morre em UPA aguardando vaga em hospital mesmo com ordem judicial para transferência, diz família PIOR ANO: 2024 tem maior número de registros de dengue da história, diz SES Busca por socorro De acordo com Marina Araújo, Katiane buscou atendimento pela primeira vez no domingo (17), no Cais de Campinas, com fortes dores no corpo. “Eles falaram que era coluna, deram remédio e mandaram ela embora”, narrou. Na segunda (18), Katiane continuou sentindo dores que a impediram até de sair da cama, informou a sobrinha. “Ela chegou a cair da cama. Ela foi ao Cais de Campinas mais uma vez e disseram que era coluna novamente”, afirmou. No dia 19 (terça-feira), a vendedora buscou o Cais do Cândida de Morais, onde ficou internada. De acordo com Marina, Katiane chegou a perder a consciência no dia 20, mas voltou a si. Na quinta-feira (21), ela voltou a perder a consciência e, desta vez, foi preciso entubada, contou. “Solicitam a UTI três vezes e não conseguiram. Falaram que não tinha ambulância para buscar ela porque ela já estava entubada e tinha que ser uma ambulância especial”, contou. A vendedora autônoma Katiane de Araújo Silva durante internação, em Goiás Arquivo/Marina Araújo Um novo exame de sangue realizado na quinta-feira (21) indicou que Katiane poderia ter dengue hemorrágica, leptospirose ou febre amarela, disse a sobrinha. “Até perguntaram se ela tinha viajado, ido para alguma fazenda, mergulhado em algum lugar e falamos que não”, contou. Marina contou que na noite do dia 21, a equipe de saúde começou a preparar a família, dizendo que Katiane não deveria sobreviver àquela noite. A mulher morreu na madrugada de sexta-feira (22). A família informou que Katiane não tinha nenhuma comorbidade. Ela deixou uma filha de 7 anos, com quem morava. NOTA - Secretaria Municipal de Saúde A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que a paciente Katiane de Araújo da Silva faleceu em decorrência de complicações de dengue grave, conhecida anteriormente como dengue hemorrágica. Não houve falta de assistência, os protocolos para tratamento de dengue, seja simples ou grave, são os mesmos adotados em um Cais ou em um hospital. Na sala vermelha, onde a paciente foi mantida, ela recebeu todos os recursos que necessitava e que teria em uma UTI. A secretaria se solidariza com os familiares e se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos. NOTA - Secretaria Estadual de Saúde A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece que, em situações como estas, o município solicitante de vaga em leito de UTI é o responsável por realizar a estabilização e assistência adequada do paciente até a liberação de vaga, seja na rede hospitalar municipal ou estadual. Para o caso citado, a SES-GO informa que a solicitação de vaga de UTI em nome da paciente supracitada foi lançada pelo município de Goiânia para a regulação estadual no dia 20 de novembro, às 00h, como ampliação de busca. Imediatamente a pasta iniciou a busca nas unidades próprias e contratualizadas, que foi liberada no dia 22/11, às 8h16, para a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis. Entretanto, a SES-GO foi informada logo na sequência de que a paciente havia ido a óbito na noite do dia 21/11. A solicitação, contudo, não havia sido cancelada e continuava no sistema estadual. A pasta lamenta o ocorrido e esclarece que recebe pedidos de vagas de leitos de UTI dos 246 municípios goianos e que atua para tentar atender todos os pacientes da melhor maneira possível. A SES-GO tem desenvolvido ações para ampliar a assistência à saúde. Em cinco anos, o número de leitos teve um aumento significativo de 128%. Em 2018, o Estado possuía um total de 1.635 leitos de internação de unidade de terapia intensiva (UTI) e de enfermaria, da rede própria e contratualizada. Em 2024, este número saltou para 3.738. Katiane de Araújo Silva que morreu à espera de vaga de UTI, em Goiás Arquivo pessoal/Marina Araújo 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/11/23/vendedora-morre-a-espera-de-uti-em-goiania-denuncia-familia.ghtml


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